Fêmea bicolorida; corpo amplamente castanho-claro, mas tarsos, ápices das tíbias e fêmures mais claros; segmentos abdominais I & II também mais claros; segmentos antenais I–III amarelos, III com um estreito anel escuro no extremo ápice; IV–IX castanhos; asas anteriores bicoloridas, castanhas com faixas brancas nas regiões sub-apical e sub-basal; muitas vezes levemente mais claras na porção mediana. Cabeça mais longa que larga; olhos prolongados ventralmente; cerdas longas ausentes; palpos maxilares e labiais com segmento distal subdividido. Antena com 9 segmentos; segmentos III & IV com área sensorial linear que se curva no ápice e estende-se até a base do segmento, com marcas internas. Pronoto liso e sem cerdas longas. Mesonoto com estrias transversais com dois pares de cerdas longas localizadas na região mediana. Metanoto com esculturação arqueada na metade anterior, levemente reticulada posteriormente; cerda mediana localizada na metade posterior do esclerito. Asa anterior mais larga no ápice que na base; com duas fileiras completas de cerdas; região costal com cerdas, mas sem cílios. Tergito abdominal I constrito na base, tergitos sem esculturação na região mediana; cerdas discais curtas; tergito X com um par de tricobótrias pouco desenvolvido. Esternitos III–VII com três pares de cerdas posteromarginais; cerdas discais formando uma fileira transversal.
Macho menor e de corpo mais delgado, mas similar em coloração; tergito abdominal I mais longo que largo e com duas cristas longitudinais na metade posterior do esclerito; tergito X com tricobótria fracamente desenvolvido.
Variação intraespecífica
Sem registro.
Informações do gênero e espécies similares
Stomatothrips é um gênero do Novo Mundo que compreende oito espécies, metade delas descrita das Américas Central e do Sul. Todas são mímicas de formigas e associadas a gramíneas, e são características em apresentar o segmento distal dos palpos labiais e maxilares subdividido em muitas partes. S. rotundus é semelhante à outra espécie brasileira, S.angustipennis, mas as fêmeas podem ser distinguidas pela coloração castanha do antenômero IV e pela esculturação arqueada da metade anterior do metanoto.
Distribuição no mundo
Registrada apenas para o Brasil.
Distribuição no Brasil*
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive na base de gramíneas e provavelmente seja predadora em pequenos artrópodes.
Importância econômica
Sem registros, mas possivelmente predadora em ácaros e outras espécies de tripes consideradas pragas agrícolas.
Referências sugeridas
Hood JD (1949) Brasilian Thysanoptera I. Revista de Entomologia 20: 3–88.
Bailey SF (1952) A review of the genus Stomatothrips Hood. Pan-Pacific Entomologist 28: 154–162.