Corpo castanho-escuro; tarsos, fêmures e tíbias anteriores amareladas, tíbias medianas e posteriores amarelas apenas na base; asa anterior escurecida, notadamente mais clara no terço basal. Cabeça com três pares de cerdas ocelares, par III longo e situado dentro do triângulo ocelar. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados; pedicelo do antenômero III simples. Pronoto sem esculturação e com dois pares de cerdas posteroangulares longas; cerda posteromarginal II longa, mais de três vezes maior que o par I; par cerdas anteroangulares e anteromarginais bem desenvolvidas, medindo mais que metade do comprimento do pronoto.Espínula mesotorácica longa, espínula metatorácica ausente. Metanoto com linhas transversais de esculturação na região anterior e reticulações na porção posteromedial; sensilas campaniformes presentes; dois pares de cerdas localizadas na margem anterior. Asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas, próximas entre si. Tergitos abdominais V–VIII com ctenídias nas laterais, ctenídia no VIII localizado anterolateralmente ao espiráculo; tergito VIII com um pente completo de microtríquias na margem posterior. Esternitos sem cerdas discais e com três pares de cerdas longas na margem posterior. Ambos os sexos macrópteros.
Macho com placas porosas transversais nos esternitos abdominais III–VII.
Variação intraespecífica
Sem registro.
Informações do gênero e espécies similares
Frankliniella é um dos maiores gêneros da ordem Thysanoptera, compreendendo mais de 160 espécies descritas. Cerca de 90% das espécies são neotropicais, e sua taxonomia é normalmente complexa. Quase todas as espécies possuem antenas com 8 segmentos, três pares de cerdas ocelares e asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas. Aproximadamente 40 espécies são registradas para o Brasil, sendo que quase metade foi originalmente descrita no país. Frankliniella annulipes pode ser diferenciada das outras espécies do gênero registradas para o Brasil pelas suas cerdas pronotais excepcionalmente longas e suas tíbias medianas e posteriores bicoloridas. Uma chave para as espécies de Frankliniella do Brasil está disponível em Cavalleri & Mound (2012).
Distribuição no mundo
Descrita do Panamá, foi encontrada também no Brasil, Costa Rica e México.
Distribuição no Brasil*
São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive em flores; no Brasil, uma fêmea foi coletada em Orchidaceae.
Importância econômica
Sem registros.
Referências sugeridas
Cavalleri A & Mound LA (2012) Toward the identification of Frankliniella species in Brazil (Thysanoptera, Thripidae). Zootaxa 3270: 1–30.
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.