Referência original: Niwa S (1908) Soyo ni kiseisuru thrips no isshu nit site (Belothrips mori n. sp. on mulberry leaves). Nippon konchugakkwai kwaiho Ho. Transactions of the Entomological Society of Japan 2: 180–181.
Corpo branco sem marcas castanhas; segmentos antenais III–IX escurecidos, IV–VI às vezes amarelos na base; asas anteriores levemente escurecidas. Cabeça com esculturação reticulada entre os ocelos e com três pares de cerdas ocelares; cerdas pós-oculares não desenvolvidas. Antenas com 8 ou 9 segmentos, VIII & IX separados por uma sutura parcial ou completa; III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto com linhas transversais de esculturação e apenas um par de cerdas posteroangulares longas; retículas com fracas marcas internas. Endofurca mesotorácica com espínula pouco desenvolvida e endofurca metatorácica em forma de lira. Metanoto com linhas longitudinais próximas entre si na região mediana e reticulado lateralmente; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas metanotais, par mediano pequeno e situado atrás da margem anterior. Tarsos com um segmento e excepcionalmente longos. Asas anteriores com apenas duas cerdas próximas ao ápice na primeira fileira de cerdas e segunda fileira sem cerdas. Tergitos abdominais cobertos por linhas longitudinais de esculturação, parecidas com microtríquias na aparência; II–VIII com um par de cerdas medianas longas e próximas entre si; margem posterior do tergito VIII com um pente de microtríquias delgadas. Esternitos sem cerdas discais; três pares de cerdas posteromarginais longas. Ambos os sexos macrópteros.
Machos sem placas porosas nos esternitos abdominais; tergito IX com quatro pares de cerdas em uma fileira transversal.
Variação intraespecífica
Antena normalmente com 8 segmentos, ou com 9 segmentos com a parte apical do segmento VI separado por uma sutura parcial ou completa.
Informações do gênero e espécies similares
O gênero Pseudodendrothrips inclui 20 espécies descritas, mas a identidade de algumas das espécies em que a cor do corpo é majoritariamente amarela permanece duvidosa. Este gênero é comumente usado para as espécies com os tarsos posteriores excepcionalmente longos, mas não é satisfatoriamente distinguido dos gêneros neotropicais Leucothrips e Halmathrips. As espécies em todos esses gêneros possuem endofurca metatorácica com uma característica forma de lira, e possivelmente representam uma única linhagem. Pseudodendrothripsmori é característica por possuir os tarsos posteriores muito longos, geralmente maiores que a metade do comprimento das tíbias posteriores.
Distribuição no mundo
Descrita do Japão, é também registrada para a Austrália, Brasil, Chile, China e Estados Unidos.
Distribuição no Brasil*
São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive em folhas, principalmente nas folhas jovens terminais de Moraceae, como em algumas espécies de Ficus e Morus.
Importância econômica
Pode causar danos em folhas de amoreiras comerciais (Hoddle et al. 2012).
Referências sugeridas
Hoddle MS, Mound LA & Paris DL (2012) Thrips of California. CBIT Publishing, Queensland. Disponível em: http://keys.lucidcentral.org/keys/v3/thrips_of_california/ Thrips_of_California.html
Mound LA (1999) Saltatorial leaf-feeding Thysanoptera (Thripidae, Dendrothripinae) in Australia and New Caledonia, with newly recorded pests of ferns, figs and mulberries. Australian Journal of Entomology 38: 257–273.