Corpo bicolorido, cabeça, tórax e pernas castanho-amareladas; abdômen uniformemente castanho-escuro; segmentos antenais I–IV amarelos, V fracamente escurecido, VI–VIII castanho-claros; asas anteriores uniformemente claras. Cabeça sem esculturação marcante, com três pares de cerdas ocelares; par III pouco maior que o comprimento de um ocelo posterior; cone bucal notadamente longo e pontiagudo. Antena com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto com fracas linhas transversais de esculturação e dois pares de cerdas posteroangulares moderadamente longas; cerdas na margem anterior não são distintamente maiores que cerdas discais. Endofurca meso & metatorácica sem espínula. Metanoto retangular em formas micrópteras; amplamente reticulado medialmente; sensilas campaniformes presentes; dois pares de cerdas longas localizadas na margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Asas anteriores com as duas fileiras completas de cerdas, cerdas próximas entre si. Tergitos abdominais com esculturação reticulada e sem microtríquias; VI–VIII com ctenídias lateralmente, no VIII anterolateral ao espiráculo; II–VIII com um par de cerdas medianas curtas, distantes entre si; VIII com um craspeda completo. Esternitos sem cerdas discais, com craspeda lobado e três pares de longas cerdas posteromarginais. Fêmea macróptera ou micróptera, machos geralmente micrópteros.
Machos semelhantes às fêmeas, ligeiramente mais claros; esternitos abdominais III–VII com uma pequena placa porosa transversal.
Variação intraespecífica
Segmentos antenais VI–VIII às vezes mais claros; cerdas posteroangulares do pronoto às vezes pequenas; comprimento das asas anteriores variável em micrópteros.
Informações do gênero e espécies similares
Aneristothrips é um gênero sul-americano que inclui apenas duas espécies, uma descrita da Argentina e a outra do Brasil. O cone bucal é extremamente longo e pontiagudo, alcançando o mesoesterno. Esse grupo compartilha algumas características com Frankliniella, mas possui um craspeda bem desenvolvido nos tergitos abdominais I–VIII e a endofurca mesotorácica não possui espínula. A. claripennis não é distinguida satisfatoriamente de A. rostratus, embora a última não apresente cerdas posteroangulares longas no pronoto.
Distribuição no mundo
Registrada apenas para o Brasil.
Distribuição no Brasil*
Espírito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive em flores de Achyrocline satureoides (Asteraceae).
Importância econômica
Sem registro.
Referências sugeridas
Cavalleri A, Romanowski HP & Redaelli L (2006) Thrips species (Insecta: Thysanoptera) inhabiting plants of the Parque Estadual de Itapuã, Viamão, Rio Grande do Sul state, Brazil. Revista Brasileira de Zoologia 23(2): 367–374.
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.