Corpo castanho-claro; pernas ligeiramente mais claras; cabeça e tórax com marcas castanhas; segmentos antenais V–IX castanhos; asas anteriores uniformemente escuras, ligeiramente mais claras no terço basal; tergitos abdominais escurecidos na região mediana. Cabeça com esculturação estriada exceto dentro da região ocelar; três pares de cerdas ocelares presentes. Antena com 9 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto com esculturação; um único par de cerdas posteroangulares longas, sem cerdas longas na margem anterior. Endofurcas meso e metatorácicas sem espínula. Metanoto com linhas transversais de reticulação anteriormente, linhas longitudinais posteromedialmente e com marcas internas entre as linhas de esculturação; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas, par mediano robusto e localizado ligeiramente atrás da margem anterior. Primeira fileira de cerdas das asas anteriores amplamente incompleta, segunda fileira completa, cerdas próximas entre si. Tergitos abdominais III–VIII com várias linhas de esculturação e com vários grupos de microtríquias diminutas lateralmente; II–VII com um par de cerdas medianas longas e próximas entre si; VIII com um pente posteromarginal de microtríquias. Esternitos sem cerdas discais, com três pares de cerdas longas localizadas muito à frente da margem.
Machos macrópteros e com pequena placa porosa na região antecostal do esternito III.
Variação intraespecífica
Sem registro.
Informações do gênero e espécies similares
Este gênero neotropical é composto por seis espécies, todas com antenas com nove segmentos antenais e placa porosa dos machos localizada na área antecostal do esternito abdominal III. Enneothrips flavens é próxima à outra espécie registrada no Brasil: E. enigmaticus, considerada uma praga do amendoinzeiro. Enneothrips flavens pode ser diferenciada desta última pelas reticulações do metanoto possuírem marcas internas e pelos tergitos abdominais escurecidos medialmente (Lima et al. 2022).
Distribuição no mundo
Conhecida apenas do Brasil.
Distribuição no Brasil*
Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores
História de vida
Vive em folhas, sendo encontrada em ínumeras espécies de plantas. Larvas foram observadas em Camponesia guazumifolia.
Importância econômica
Sem registro. Incorretamente identificada como uma praga de amendoim (Arachis hypogaea), cujos danos são causados por E. enigmaticus.
Referências sugeridas
Lima ÉFB, Alencar ÁRS, Nanini F, Michelotto MD, Corrêa AS (2022) "Unmasking the Villain": Integrative Taxonomy Reveals the Real Identity of the Key Pest (Thysanoptera: Thripidae) of Peanuts (Arachis hypogaea L.) in South America. Insects 13(2): 120. doi: 10.3390/insects13020120.
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.