Coloração majoritariamente amarela, mas cada um dos tergitos abdominais III–VIII com uma área mediana transversal castanho-clara; segmento antenal I amarelo, II–VIII castanhos; asas anteriores uniformemente castanhas. Cabeça com três pares de cerdas ocelares, par III pequeno e situado próximo à margem anterior dos ocelos posteriores. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados. Pronoto retangular, transversalmente estriado e com um par de cerdas posteroangulares longas. Espínulas meso e metatorácica bem desenvolvidas. Metanoto com reticulação irregular posteromedialmente; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas, par mediano longo e situado ligeiramente atrás da margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Asas anteriores com as duas fileiras amplamente interrompidas de cerdas. Terços laterais dos tergitos abdominais II–VIII cobertos por fileiras próximas de microtríquias delgadas; margem posterior com um pente fino; tergito VIII com o pente de microtríquias completo; III–VI com um par de cerdas medianas pequenas e próximas entre si. Esternitos sem cerdas discais mas cobertos por fileiras de microtríquias, exceto anteromedialmente. Ambos os sexos macrópteros.
Machos sem placas porosas nos esternitos.
Variação intraespecífica
Sem registro.
Informações do gênero e espécies similares
Este gênero possui mais de 100 espécies, quase todas dos trópicos ou subtrópicos. A maioria dos membros possui corpo claro, pronoto transversalmente estriado e terços laterais dos tergitos abdominais cobertos com fileiras regulares de microtríquias diminutas. Algumas espécies dentro do grupo possuem uma grande amplitude de variação, o que às vezes resulta em decisões taxonômicas errôneas (Mound & Zur Strassen 2001). De acordo com Moulton (1933), Scirtothrips manihoti é proximamente relacionada com Scirtothrips bondari, mas é diferenciada pela presença de marcas castanhas nos tergitos abdominais e asas anteriores castanhas.
Distribuição no mundo
Descrita do Brasil, é também registrada para a Argentina e América Central.
Distribuição no Brasil*
Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive em folhas; frequentemente coletada em Manihot esculenta (Euphorbiaceae).
Importância econômica
Possivelmente relacionada com distorção de folhas em mandioca.
Referências sugeridas
Moulton D (1933) The Thysanoptera of South America II. Revista de Entomologia 3: 96–133.
Mound LA & Palmer JM (1981) Identification, distribution and host-plants of the pest species of Scirtothrips (Thysanoptera: Thripidae). Bulletin of Entomological Research 71: 467–479.
Mound LA & zur Strassen R (2001). The genus Scirtothrips (Thysanoptera: Thripidae) in Mexico: a critique of the review by Johansen & Mojica-Guzmán (1998). Folia Entomologica Mexicana 40(1): 133–142.