Essa família é conhecida apenas de duas espécies, Uzelothrips scabrosus, que foi descrita a partir de machos ápteros, e fêmeas macrópteras e apteras coletadas no sul do Brasil; e a espécie fóssil Uzelothrips eocenicus, conhecida apenas de amostras de âmbar do Eoceno inferior encontradas na França. Aparentemente, U. scabrosus é originária da América do Sul, e hoje é também mencionada para a Angola, Austrália, Cingapura e Indonésia. Esta espécie vive em galhos mortos aonde provavelmente se alimenta em hifas de fungos.
A estrutura das antenas, abdome e asas anteriores é tão especializada que as relações de parentesco desse grupo permanecem obscuras. Adultos de Uzelothrips são minúsculos, geralmente ápteros, e possuem a superfície do corpo fortemente esculturada, com um craspedum em lóbulos na margem posterior de cada tergito. Eles possuem também cabeça com tentório muito desenvolvido e as cerdas das asas anteriores saem de soquetes, como em todos os Terebrantia. A antena possui apenas 7 segmentos, com o antenômero VII pelo menos 30 vezes mais longo que largo, e antenômero III com uma curiosa área sensorial circular localizada ventralmente. O ovipositor é membranoso e sem valvas desenvolvidas.
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