Corpo amarelo, incluindo as pernas; segmentos antenais I–IV amarelos, V castanho nos dois terços apicais, VI–VIII castanhos; cerdas do corpo incomumente delgadas. Cabeça sem ocelos e fracamente prolongada à frente dos olhos; três pares de cerdas ocelares presentes, par III longo. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados; pedicelo do antenômero III simples. Pronoto sem esculturação e com dois pares de cerdas posteroangulares longas; cerdas anteroangulares e anteromarginais longas, mas medindo menos que metade do comprimento do pronoto; frequentemente com dois pares de cerdas anteromarginais diminutas em vez de um par. Espínula mesotorácica longa, espínula metatorácica ausente. Metanoto transverso e com esculturação transversal; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas, par mediano situado atrás da margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Tergitos abdominais II–VIII com quarto pares de longas cerdas discais medialmente; V–VII sem ctenídias nas laterais, ctenídia no VIII situado anterolateralmente ao espiráculo; tergito VIII com um pente de microtríquias muito curto e irregular na margem posterior, às vezes pouco visível. Esternitos sem cerdas discais e com três pares de cerdas longas na margem posterior. Ambos os sexos ápteros ou micrópteros.
Macho não foi examinado.
Variação intraespecífica
Espécimes estudados de Trinidad são micrópteros com lobos das asas muito curtos (Mound & Marullo, 1996), mas espécimes coletados no sul do Brasil são ápteros.
Informações do gênero e espécies similares
Frankliniella é um dos maiores gêneros da ordem Thysanoptera, compreendendo mais de 160 espécies descritas. Cerca de 90% das espécies são neotropicais, e sua taxonomia é normalmente complexa. Quase todas as espécies possuem antenas com 8 segmentos, três pares de cerdas ocelares e asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas. Aproximadamente 40 espécies são registradas para o Brasil, sendo que quase metade foi originalmente descrita no país. Frankliniella trinidadensis é uma espécie áptera que não possui ocelos e pode estar relacionada a outras espécies sul-americanas que vivem em gramíneas, como F. bondari e F. frumenti. Uma chave para as espécies de Frankliniella do Brasil está disponível em Cavalleri & Mound (2012).
Distribuição no mundo
Descrita de Trinidad, é também registrada no Brasil.
Distribuição no Brasil*
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Vive em flores de Poaceae. Frequentemente coletada em armadilhas de pitfall no sul do Brasil.
Importância econômica
Sem registro.
Referências sugeridas
Cavalleri A & Mound LA (2012) Toward the identification of Frankliniella species in Brazil (Thysanoptera, Thripidae). Zootaxa 3270: 1–30.
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.