Os Tripes do Brasil
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Phlaeothripidae do Brasil

 

Phlaeothripidae é a maior família de Thysanoptera, com aproximadamente 3680 espécies em 450 gêneros distribuídos ao redor do mundo. Embora represente um grupo claramente monofilético, a classificação supra-genérica de Phlaeothripidae não é satisfatória. Os gêneros são geralmente monofiléticos e fracamente definidos, e o conceito de espécie geralmente não é abordado de forma adequada. Tradicionalmente, os Phlaeothripidae são classificados em duas subfamílias: Idolothripinae e Phlaeothripinae.

 

Idolothripinae compreende cerca de 735 espécies e aparenta ser um grupo monofilético. Os membros desta subfamília têm estiletes maxilares excepcionalmente largos e se alimentam ingerindo esporos de fungos inteiros. São particularmente abundantes nos trópicos, e cerca de 70 espécies são registradas no Brasil. A maioria das espécies são encontradas em galhos ou folhas mortas, e alguns gêneros como Elaphrothrips e Anactinothrips são abundantes e diversos no Brasil. Algumas espécies de Allothrips vivem no folhiço, enquanto as espécies Compsothrips estão associadas às bases de gramíneas no sul do Brasil.

 

Phlaeothripinae, ao contrário, é um grupo muito maior, com mais de 2900 espécies em 360 gêneros e, de acordo com estudos filogenéticos recentes, esta subfamília é provavelmente parafilética. Existem cerca de 300 espécies de Phlaeothripinae registradas do Brasil, a maioria delas descritas por Dudley Moulton ou J. D. Hood no século passado. Esses tripes são muito diversos em sua dieta, mas a maioria das espécies brasileiras conhecidas se alimenta de folhas de plantas, às vezes induzindo galhas ou malformações (e.g. Holopothrips, Liothrips). Outras, como as espécies de Haplothrips, estão associadas principalmente com flores, e algumas se alimentam de musgos (e.g. Williamsiella). Os Phlaeothripinae são especialmente diversos no folhiço, onde se alimentam de hifas de fungos, enquanto alguns são conhecidos por serem predadores em pequenos artrópodes em plantas (e.g. Karnyothrips, Leptothrips).

 

Todos os Phlaeothripidae têm o segmento abdominal X formado por um tubo fechado. As fêmeas não possuem um ovipositor externo, e os ovos depositados diretamente no substrato. As asas, quando presentes, carecem de veias longitudinais ou cerdas venais. Adultos da grande maioria das espécies têm oito segmentos antenais; a redução para sete ou menos é incomum, e nenhuma espécie tem nove segmentos. Estes tripes geralmente têm mais de um cone sensorial simples nos segmentos antenais III e IV.

 

Clique aqui para conhecer as espécies registradas para o Brasil.

 

Referências sugeridas:

Buckman RS, Mound LA & Whiting MF (2013) Phylogeny of thrips (Insecta: Thysanoptera) based on five molecular loci. Systematic Entomology 38: 123–133.

Cavalleri A, De Souza AR, Prezoto F & Mound LA (2013) Egg predation within the nests of social wasps: a new genus and species of Phlaeothripidae, and evolutionary consequences of Thysanoptera invasive behaviour. Biological Journal of the Linnean Society 109: 332–341.

Mound LA & Palmer JM (1983) The generic and tribal classification of spore-feeding Thysanoptera (Phlaeothripidae: Idolothripinae). Bulletin of the British Museum (Natural History). Entomology 46: 1–174.

Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.


Publicado em: 27/01/2018
Postado por: Adriano

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