Corpo castanho-escuro, tarsos mais claros; segmentos antenais castanhos, exceto V e o terço basal do segmento III, que são amarelos; asas anteriores castanhas com dilatações escuras. Cabeça com forte esculturação mas não distintamente constrita atrás dos olhos; região ocelar fortemente elevada anteriormente. Antenas com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais bifurcados (embora com uma falsa impressão de serem cones simples); VIII longo e delgado. Pronoto curto e transversal; sem cerdas longas; reticulado e com fracas marcas internas nas retículas. Endofurca mesotorácica sem espínula e endofurca metatorácica com longos braços curvos estendendo-se ao mesotórax. Metanoto formando um triângulo robusto medialmente, delimitando reticulação transversal; sensilas campaniformes ausentes; um par de cerdas situadas posteriormente. Tarsos com um segmento. Asas anteriores excepcionalmente largas e com três dilatações semelhante a bolhas; primeira e segunda fileiras de cerdas incompletas, a última quase completa, com cerca de 10 cerdas amplamente espaçadas. Tergito abdominal I erodido posteriormente; I–X com reticulação poligonal com marcas internas; III–VIII com um par de cerdas medianas longas; II–X com forte depressão medialmente; margem posterior do tergito VIII com um pente de microtríquias longas. Esternitos reticulados e com três pares de cerdas posteromarginais pequenas. Ambos os sexos macrópteros.
Machos com áreas glandulares grandes e transversais nos esternitos III–VIII; placa porosa no III cobrindo a metade mediana do esternito.
Variação intraespecífica
Wilson (1975) considerou os cones sensoriais nos segmentos antenais III e IV como dois cones simples, mas essas estruturas são aqui interpretadas como um único cone sensorial, bifurcado basalmente.
Informações do gênero e espécies similares
O gênero Retithrips é possivelmente relacionado com Heliothrips e inclui mais uma espécie, R. javanicus, que pode ser distinguida de R. syriacus pelo número de dilatações em forma de bolha nas asas anteriores (Wilson 1975).
Distribuição no mundo
Amplamente distribuída na África e Ásia, também registrada para os Estados Unidos e Brasil.
Distribuição no Brasil*
Amplamente distribuída: Bahia, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Alimenta-se de folhas, vivendo especialmente em folhas maduras. É altamente polífaga e no Brasil é comumente encontrada vivendo em roseiras e uvas.
Importância econômica
Causa danos em folhas de mandioca, algodão, Eucalyptus, videiras e roseiras.
Referências sugeridas
Mound LA & Marullo R (1996) The Thrips of Central and South America: An Introduction. Memoirs on Entomology, International 6: 1–488.
Silva CAD, Cavalleri A, Morais MMD, Andrade WL, Albuquerque Junior PS, Serrão JE, Zanuncio JC (2022) Retithrips syriacus (Mayet) (Thysanoptera: Thripidae): first record damaging cotton plants in Brazil. Brazilian Journal of Biology 82: e264466
Wilson TH (1975) A monograph of the subfamily Panchaetothripinae (Thysanoptera: Thripidae). Memoirs of the American Entomological Institute 23: 1–354.