Referência original: Pereyra V & Cavalleri A (2012) The genus Heterothrips (Thysanoptera) in Brazil, with an identification key and seven new species. Zootaxa 3237: 1–23.
Corpo castanho; fêmures castanhos; tíbias claras, mas com uma faixa escura na porção mediana; tarsos claros; segmentos antenais I & IV–IX castanhos, II claro, III claro com ápice castanho; asas anteriores castanhas com uma faixa mais clara próxima à base. Cabeça mais larga que longa, sem cerdas longas; região ocelar com apenas dois pares de cerdas. Antenas com 9 segmentos; segmentos III & IV com duas fileiras de poros sensoriais no ápice. Pronoto sem esculturação ou cerdas longas; mesonoto finamente estriado; metanoto com linhas concêntricas de esculturação, coberto com microtríquias e quase formando um triângulo. Asas anteriores com duas fileiras completas de cerdas castanhas. Tergitos I–VIII com microtríquias lateralmente; margem posterior dos tergitos abdominais I–V com pente de microtríquias nas laterais; margem posterior dos tergitos II–V com apenas algumas microtríquias na região mediana, VI–VIII com uma franja completa de microtríquias independentes. Esternitos II–VI sem cerdas discais; margens posteriores com longas franjas de microtríquias.
Machos menores e marcadamente bicoloridos, segmentos abdominais III–VII amarelos; tergito IX com um par de projeções dorsolaterais. Esternitos abdominais VII–VIII com grandes placas porosas transversais.
Variação intraespecífica
Segmento antenal II com coloração variável, de amarelo a castanho-claro.
Informações do gênero e espécies similares
Heterothrips Hood é o maior gênero da família Heterothripidae, compreendendo mais de 70 espécies descritas. É restrito das Américas, e dois grupos informais foram propostos por Moulton (1932). As espécies do “grupo I” apresentam uma franja de microtríquias independentes na margem posterior dos tergitos abdominais; enquanto que as espécies do “grupo II” possuem microtríquias que se originam de um craspeda bem desenvolvido na margem posterior. Os segmentos antenais III & IV possuem uma faixa sensorial transversal na parte apical, com uma ou mais linhas de poros sensoriais. Assim como H. peixotoa, este tripes não possui a cerda ocelar I na cabeça, e os segmentos antenais III–IV possuem duas fileiras de poros sensoriais bem desenvolvidos. No entanto, H. paulistarum apresenta asas anteriores castanhas com distinta área clara sub-basal, e machos possuem um par de processos dorsais no tergito IX notadamente desenvolvidos. Uma chave para as espécies de Heterothrips do Brasil está disponível em Pereyra & Cavalleri (2012).
Distribuição no mundo
Registrada apenas para o Brasil.
Distribuição no Brasil*
Minas Gerais e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores.
História de vida
Espécie florívora coletada em flores de Malpighiaceae. Adultos foram estudados em Diplopterys pubipetala e Niedenzuella glabra (Malpighiaceae) no Cerrado Brasileiro. Coexiste com H. pedicellatus.
Importância econômica
Sem registros.
Referências sugeridas
Moulton D (1932) The Thysanoptera of South America I. Revista de Entomologia 2: 451–484.
Pereyra V & Cavalleri A (2012) The genus Heterothrips (Thysanoptera) in Brazil, with an identification key and seven new species. Zootaxa 3237: 1–23.