Corpo castanho; tarsos e tíbias anteriores extensivamente amarelas, bem como os ápices das tíbias medianas e posteriores; segmentos antenais I–II & VI–VIII castanhos, III–V amarelos; asas anteriores levemente escurecidas. Cabeça com poucas linhas de esculturação na região posterior, com três pares de cerdas ocelares. Antena com 8 segmentos, III & IV com cones sensoriais simples. Pronoto ligeiramente trapezoidal e sem reticulações; dois pares de cerdas posteroangulares longas; um par de cerdas anteriores longas. Espínulas meso e metatorácica não desenvolvidas. Metanoto com linhas transversas de esculturação irregular medialmente; sensilas campaniformes ausentes; dois pares de cerdas longas na margem anterior. Tarsos com dois segmentos. Primeira fileira de cerdas das asas anteriores amplamente interrompida, segunda fileira completa. Tergitos abdominais com linhas transversais de esculturação nos terços laterais; II–VIII com um par de cerdas curtas e distantes entre si, medialmente; VIII com craspeda inteiro; IX incomumente longo; X com divisão longitudinal completa. Esternitos sem craspeda ou cerdas discais; três pares de cerdas posteromarginais longas. Fêmea macróptera e macho micróptero.
Machos bicoloridos, corpo majoritariamente castanho mas pterotórax e segmento abdominal I amarelos; ocelos reduzidos; metanoto retangular; esternitos abdominais sem placas porosas; tergito IX com dois pares de cerdas conspícuas semelhantes a espinhos.
Variação intraespecífica
Stannard (1968) tratou o que atualmente é considerado B. venustus como duas ou três espécies distintas. Bhatti (1984) discutiu variações entre diferentes espécies. Fêmeas com corpo fortemente bicolorido foram estudadas em gramíneas no sul do Brasil.
Informações do gênero e espécies similares
O gênero Bregmatothrips é composto por nove espécies que são comuns em áreas tropicais e subtropicais. B. venustus é a única espécie registrada no Brasil e Mound (2011) apresenta uma chave preliminar para a identificação das espécies deste gênero.
Distribuição no mundo
Amplamente distribuída nas Américas, dos Estados Unidos à Argentina.
Distribuição no Brasil*
Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo.
*Dados da literatura e dos autores
História de vida
Vive em folhas de gramíneas. No Brasil, foi coletada de Eleusine indica, Zea mays e arroz (Poaceae).
Importância econômica
Provavelmente associada a danos em folhas de Zea mays (Hoddle et al. 2008).
Referências sugeridas
Bhatti JS (1984) A remarkable Bregmatothrips–like new genus from Africa, with a review of Bregmatothrips Hood and Plutonothrips Priesner. Annals of Entomology 2: 83–97.
Hoddle MS, Mound LA & Paris DL (2012) Thrips of California. CBIT Publishing, Queensland. Disponível em http://keys.lucidcentral.org/keys/v3/thrips_of_california/ Thrips_of_California.html
Mound LA (2011) Grass-dependent Thysanoptera of the family Thripidae from Australia. Zootaxa 3064: 1–40.
Stannard LJ (1968) The Thrips, or Thysanoptera, of Illinois. Bulletin of the Illinois Natural History Survey 29: 213–552.